Não queria entrar em discursos WHOOHOOO, que são bastante filosóficos, mas não levam a mais lado nenhum. Não. Estou contente por ter esta idade, estou contente com a minha vida, com as pessoas que chegam cá a casa. Fica sempre um vazio quando se vão embora, quando chega a hora de ir dormir. Oiço «gostámos muito deste bocadinho», vão embora, fico eu, fechadinho numa concha com o rótulo «17» e acordo com um mundo colorido à minha frente. Confirmo que nada mudou. Continua tudo bem.
Enquanto as manhãs forem assim, o meu mundo é feliz. Enquanto existirem manhãs, nasceres do sol, enquanto existirem sorrisos e aragens frescas num céu azul claro de Verão ou Inverno (mas sempre, sempre, com o sol à vista), há vontade de viver.
Viver. Dezassete anos. Não me venham com coisas de aproveitar. Todos o fizémos, de uma maneira ou de outra. Os meus dezassete são o meu presente, não o passado dos outros.
Até já. Tenho uma manhã sorridente à minha espera, quando sair da concha ao nascer do sol.
Obrigado meu Deus.
1 comentários:
Um dia disseram-me que à noite, quando estamos todos a dormir, Deus trabalha. Assim, quando acordarmos, está tudo pronto para nós. É uma nova manhã, um novo dia que Ele preparou com toda a sua dedicação. É por isso que sorrio todas as manhãs, quando acordo e sinto o sol a entrar pelas frestas da janela. Porque é um novo dia. Um dia que deu trabalho a ser construído, mas que está ali para mim, perfeito para eu o viver.
Enviar um comentário