quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Madrid: Quarta-Feira

[A única fotografia que fui capaz de tirar da Catedral de la Almudena, o único vislumbre de beleza que achei digno de guardar. O resto fica interiormente. 19 de Setembro deste ano. Aproximadamente três horas da tarde.]

Quarta-Feira dedicámos a manhã e a primeira metade da tarde a visitar algumas ruas do centro de Madrid. Tinhamos direito a uma entrada grátis no Parque WB, mas decidimos que só a partir das seis da tarde iríamos usufruir. Até essa hora, percorremos as ruas da capital espanhola, em tanto parecida com a Baixa Lisboeta, e com o Chiado. As grandes calçadas, o comércio, os próprios edifícios, tudo isto envolto num sol matinal, e numa alegria presente na maioria das pessoas que passeavam - umas para cima, umas para baixo - mas sentia-se algo diferente.

Vimos estátuas humanas, vimos esplanadas cheias, vimos becos mais vazios, e avenidas cheiinhas. Comemos num mercado, com bancas dedicadas a pão, carne, peixe, legumes, frutas... servimo-nos de umas sandes e de uns sumos, e matámos a fome. Foi a seguir ao almoço que avistei a catedral que mais me marcou em toda a minha vida. La Catedral Nuestra Señora de la Almudena.

Senti no ar o aroma da paz, assim que coloquei um pé no interior. Os tectos altos, as colunas belas, a disposição dos bancos, os vitrais nas janelas, o silêncio espirituoso. Dentro da catedral, senti-me protegido - acho que não consigo definir melhor do que isto: protegido. À cabeça vieram imagens de uma população a esconder-se no interior da grande igreja, a sentirem-se bem ali dentro, sem os problemas do mundo exterior. Gostava que a Catedral de la Almudena estivesse mesmo aqui ao lado, para lá ir sempre que precisasse. Sentei-me, olhei para o altar - o momento foi de paz, senti-me abraçado e confortado. E se eu já estava feliz, ainda mais o fiquei depois disso.

O resto do dia pareceu insignificante. Da segunda visita ao parque pouco guardo dentro de mim. O tamanho, a paz, a protecção que senti naquela Igreja, prenderam-me lá dentro depois de muito tempo passado de eu ter saído. Acho que um pouco de mim ainda lá permanece. No dia seguinte iríamos regressar ao centro da capital.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Legislativas 2009 | Debates Televisivos

[Imagem novamente retirada do Google - estereotipada, e com pouca qualidade, mas é o que se arranja]

Dia 28 de Setembro os cidadãos portugueses com mais de dezoito anos vão ter acesso aos boletins de voto, nos quais assinalarão o candidato a primeiro ministro que acharem ser o mais indicado para o cargo. Para tal, cada pessoa precisa de saber as propostas que cada um quer apresentar para o país. E avaliar o grau de viabilidade e veracidade de tais propostas. Esta tarefa exige um trabalho intelectual por parte de cada um. Há quem leve mais a sério e há quem leve na desportiva, mas a escolha é de facto importante.

Ontem assisti à Grande Entrevista a José Sócrates, na RTP; sempre que posso, faço questão de assistir a entrevistas e debates políticas, porque é uma área que está dentro do meu interesse. Não vou falar aqui das minhas tendências políticas, até porque eu próprio ainda não as descodifiquei por completo. No entanto, daqui a dois anos já poderei votar, e tenho de começar já a descobrir quem apoio.

E ver debates, e assim, é uma coisa que me entusiasma, não sei explicar porquê. Hoje vai começar uma série de frente-a-frentes políticos, na caminhada para as Legislativas deste ano. Na TVI, às 20:45, José Sócrates em debate com Paulo Portas. E ao longo das próximas duas semanas, todos os candidatos dos cinco principais partidos vão estar frente-a-frente uns com os outros.

Parecem umas óptimas duas semanas televisivas para quem gosta desse tipo de coisas, não parecem?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

1 de Setembro

[Imagem retirada da Web, pesquisei no Google pelo termo escrito na própria fotografia - no sítio onde estou neste momento a postar não tenho acesso a fotografias minhas... o que se há de fazer?...]


Uma pequena pausa na narração da minha viagem a Madrid, para falar acerca do dia de hoje. Não do que aconteceu no dia de hoje, mas no dia '1 de Setembro' em si. É a rentrée, é o recomeço, é a fonte de uma alegria e sensação de poder de escolha indescritível. É a Tabula Rasa, o começar de novo.

Não sei o que mais dizer. Não o aproveitei da melhor forma possível, mas senti-me bem. Em breve, a escola. Já me faz falta, depois de tantas férias. E tenho Os Maias a encravar-me o sistema.

E não sei o que mais dizer. Só para que fique registado o quanto eu gosto deste dia.
 

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