terça-feira, 25 de agosto de 2009

Madrid: Terça-feira

[Fachada da Entrada no Parque Warner Bros, em Madrid. Fotografia tirada no dia 18 de Agosto de 2009]

O Parque da Warner Bros. Produtora que é responsável por muitas figuras nossas conhecidas, como o Perna-Longa, o Piu-Piu, o Duffy Duck, o Silvestre, o Marvin (o Marciano), o Monstro da Tazmania (conhecido por Taz). Este parque de diversões era dividido em cinco zonas: Cartoon Village, Old West Territory, DC SuperHeroe World, Warner Bros. Studios e Hollywood Boulevard. Cada uma das zonas tinha uma temática. Montanhas russas havia por todo o lado, simuladores de vez em quando, casas assombradas aqui e ali, restaurantes também, e um mundo de fantasia palpável.

É um lugar bonito de se ir. E devem estar a pensar - mas que raio de adjectivo ele foi dar ao parque! Bonito! Um local cheio de emoções fortes, montanhas russas, uma torre no meio que sobe a 100 metros de altura, as pessoas se sentam numas cadeiras, sobem até lá acima, e depois voltam para baixo em queda livre! Bonito, diz ele! Divertido e espetacular, isso sim!

Não sou uma pessoa que aprecie este tipo de emoções fortes. Talvez seja medo, embora eu não goste de o apreciar dessa forma. Fiz no entanto um esforço para andar em duas montanhas russas, uma fraquinha e a outra mais moderada. É claro que me arrependo a meio da subida, mas no fim só me apetece rir à gargalhada. E é o que faço.

Então porquê o adjectivo bonito? Porque todos aqueles edifícios, a simular uma cidade urbana; Gotham City, a imitar o ambiente futuristico-industrial das histórias do Batman, o Oeste dos Cowboys faz-nos sentir no ambiente original... e as casas dos looney-toons, os próprios bonecos a andar pelas ruas. É bonito, porque faz materializar os sonhos. De repente podemos tocar nos edifícios, de outras épocas e outros locais.

É um adjectivo estranho para um parque de diversões de emoções fortes... mas sim, para mim foi bonito. E divertido, pronto, admito. No dia seguinte, quarta-feira, decidimos que iríamos a Madrid propriamente dito.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Madrid: Segunda-Feira

[Placa da estrada a indicar a direcção de Madrid; tirada nos arredores da capital espanhola, no dia 17 de Agosto deste ano]

Existem viagens, e viagens. É verdade que também existem cidades, e cidades. Não partia com grande expectativa para Madrid, por isso acabou por ser uma revelação positiva. Não tão marcante como o foi Paris (à oito anos!), nem Tomar (à nove!), nem La Manga (à seis, se não me engano), Madrid mostrou-se com mais história do que eu esperava, e a companhia na viagem ajudou.

Parti na segunda-feira. O GPS foi indispensável para chegarmos ao destino, porque não ficámos alojados propriamente na capital espanhola, mas sim numa vila perto dela, a quinze minutos de carro. Os apartamentos eram confortáveis, e passámos o resto do dia nessa tal vila. Jantei à noite numa praça movimentada, com pessoas a passear e a comer às onze da noite. A parte negativa foi que jantei num restaurante turco, acho eu. Comi Kebap, ou lá como se chama; e os molhos estavam demasiado condimentados. Fiquei mal disposto, mas esqueçamos essa parte.

Senti-me inspirado naquele local. Peguei numa caneta e num bloco e criei um poema. Fraquito, como todos os outros meus, e um pouco aldrabado, porque fala das ruas de Madrid, mas na verdade fala das ruas daquela vila. Diverti-me imenso com a S., o M., o G., e a P. E já agora com o meu pai, com a minha mãe, com o P., a P., a A. e o B.

Fui-me deitar já passava da uma. Um novo dia me esperava na manhã seguinte. Tinhamos decidido passar a terça-feira no parque Warner Bros, a 30km da capital.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Branco; Laranja; Cor-de-vinho-tinto.

[Fotografia abstracta de Junho de 2009. Sítio desconhecido/ não identificado]

Lembram-se daquele momento que guardei ontem aqui no blog? Aquele momento que apelidei como sendo de paz? Ainda bem que o guardei; foi como se de um pressentimento se tivesse tratado. É que hoje de manhã as coisas acabaram por não se mostrar tão calmas e bonitas.

Estão a ver a gravura, em cima? A branco é a zona de paz e alegria, a laranja a zona de quem pressente que algo se vai passar de forma diferente, e a bordeaux, ou grená, ou cor-de-vinho-tinto, ou como quiserem chamar, está o momento que estou a passar agora.

Acontece que faleceu uma pessoa próxima. Partiu em paz, e está no céu, com Deus. Mas a nós que cá ficamos, custa-nos sempre um pouco; espero não falar só por mim. Quem fica sofre, e fala do defunto, dizendo «descanse em paz». Também quero conseguir adormecer, com um pensamento positivo na cabeça. Quero que a cor-de-vinho-tinto dê lugar a um laranja, novamente. Ou a um branco, pode ser logo o contraste de cor-de-vinho-tinto com branco, não me importo.

domingo, 2 de agosto de 2009

Momento

[Os veados bordados no cortinado referido no primeiro parágrafo do post - fotografia acabadinha de tirar]

Aqui estou, nesta sala relativamente grande, a escrever num computador portátil assente sobre uma mesa redonda, coberta por uma toalha amarela com flores desenhadas (as pétalas destas são brancas). Ao meu lado direito, uma janela alta e larga, com uns cortinados bordados com veados. Depois os vidros. Depois as grades (não, não estou numa prisão; simplesmente num rés-do-chão). E depois a rua. O sol bate nas casas do outro lado da rua, embora o céu esteja de um azul acinzentado. O relógio do computador marca as 19:45 neste preciso momento, e oiço música no rádio da cozinha. Ainda há um minuto estava a dar aquela da "Vida tão só, vida tão estranha...". Não sei em que posto.

Estou sozinho na divisão, embora oiça sons pelo resto da casa, o que prova que há mais gente comigo. O computador liga-me ao resto do mundo, o que é incrível, inacreditável. O pequeno USB da Vodafone liga-me a todas as pessoas que conheço. Uma coisinha minúscula, que não chega a ter o tamanho do meu dedo mindinho (mas está lá quase).

Dói-me um bocadinho a cabeça, resultado de um dia, até ao momento, intenso. Praia de manhã; basket e leitura à tarde, no quintal. A música do rádio muda subitamente na cozinha, alguém mudou de posto. Agora é uma latina..."E la manhana fria... chegaste a mi vida como una luz... hacendo me sentir vivo ótra vez." Qualquer coisa assim. O relógio marca 19:49. Domingo bonito. Não fui à missa hoje porque fui ontem à vespertina.

O que foi? Não sabia o que escrever, mas apetecia-me escrever. Duvido que alguém acompanhe o blog com interesse, entendem, mas por vezes penso que escrevo isto apenas para mim. Senti necessidade de escrever isto. Guardar este Momento de paz, não só dentro de mim, como também num blog, coisa virtual, armazenada na sede do Blogger, algures na América.

O relógio marca 19:51. A música muda, para uma mais comercial. " 'Cause you are hot and you are cold..."
 

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