segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Branco; Laranja; Cor-de-vinho-tinto.

[Fotografia abstracta de Junho de 2009. Sítio desconhecido/ não identificado]

Lembram-se daquele momento que guardei ontem aqui no blog? Aquele momento que apelidei como sendo de paz? Ainda bem que o guardei; foi como se de um pressentimento se tivesse tratado. É que hoje de manhã as coisas acabaram por não se mostrar tão calmas e bonitas.

Estão a ver a gravura, em cima? A branco é a zona de paz e alegria, a laranja a zona de quem pressente que algo se vai passar de forma diferente, e a bordeaux, ou grená, ou cor-de-vinho-tinto, ou como quiserem chamar, está o momento que estou a passar agora.

Acontece que faleceu uma pessoa próxima. Partiu em paz, e está no céu, com Deus. Mas a nós que cá ficamos, custa-nos sempre um pouco; espero não falar só por mim. Quem fica sofre, e fala do defunto, dizendo «descanse em paz». Também quero conseguir adormecer, com um pensamento positivo na cabeça. Quero que a cor-de-vinho-tinto dê lugar a um laranja, novamente. Ou a um branco, pode ser logo o contraste de cor-de-vinho-tinto com branco, não me importo.

3 comentários:

Kath disse...

Eu às vezes ainda não consigo acreditar que o meu avô partiu. E já foi há alguns meses. Cada vez que algo me lembra dele, ainda fico triste por causa disso. Apercebi-me de que o que custa não é a partida das pessoas, é a impossibilidade de regresso. Espero que atinjas de novo o branco. Os meus pêsames. Se precisares de alguma coisa, o meu mail está disponível.

Patrícia disse...

O meu avô também já partiu e durante muito tempo pensei que não era verdade, ainda o continuava a ver no sofá onde se sentava, a almoçar connosco, a querer ir para a varanda... A morte custa sempre mas passa, até ficar só saudade. O branco ou o laranja vão voltar. Tenho a certeza.

Lamento pelo acontecido.

Beijinhos Tiago=)
Patrícia

Filoxera disse...

Dói, não é? É daquelas partes da vida com as quais estamos menos preparados para lidar.
A primeira pessoa próxima que perdi era um grande amigo. Eu tinha oito anos e ele mais um. Passávamos muitos momentos juntos, inclusivé férias, pois ele era filho dos meus padrinhos. Hoje, o meu filho tem o seu nome.
Um xi solidário.

 

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