quinta-feira, 23 de julho de 2009

Agosto de 2001: Paris

[Fotografia tirada por mim em Agosto de 2001 - É o original do quadro da Mona Lisa, no Museu do Louvre. Fotografia acabadinha de ser tirada do albúm de analógicas e de ser digitalizada]

Paris, a cidade das luzes (ou lá como é chamada). Para mim, foi talvez a cidade dos sonhos. Além de ser mais poético, as recordações que guardo do sítio são poucas, quase como num sonho. Foi a cidade mais longíncua de casa que já visitei. Agosto de 2001. Apanhei chuva, apanhei sol, apanhei tempo nublado. Apanhei um pouco de tudo. Visitei o Louvre, visitei Notre Dame, visitei o Arco do Triunfo, a EuroDisney (nesta última só estive um dia e meio), a Torre Eiffel, aquela zona dos pintores (penso que se chama Montmatrre), e muitos outros edifícios importantes, como a Ópera, o Museu de Cera... comi baguettes, comi na McDonalds, comi na casa dos meus primos em segundo grau, onde, aliás, fiquei a dormir toda a estadia.

Foi em 2001, como já disse. Nessa altura tinha oito anos. Oito anos não é pouco, mas tanta informação e novidade e coisas para fazer e visitar de uma vez só é o preciso para que as ideias se baralhem um pouco. Normalmente recorro à ajuda de episódios-chave para me lembrar de situações. E as fotografias também são úteis. É agora a parte em que eu conto uma situação qualquer engraçada, para finalizar o post... deixem-me cá pensar...

Já sei. Aconteceu no Museu do Louvre. Como sabem, ou talvez não, o meu quadro preferido sempre foi a Mona Lisa, do Leonardo da Vinci. Ora esta obra de arte tem uma sala exclusiva no museu, relativamente grande, e que está quase sempre cheia de gente, com máquinas fotográficas no alto, a tentar captar uma foto próxima do quadro. O que é difícil, com a confusão. Ora, os meus pais encarregaram-me da máquina por um minuto ou dois, porque o meu tamanho iria, concerteza, permitir que me esgueira-se por entre todas aquelas pessoas. E assim foi. Entre «com licença»'s e «excuse moi»'s (estes últimos muito mal ditos), lá consegui chegar mesmo à frente, olhar para o meu quadro preferido, e tirar a fotografia. Acho que tirei umas quatro ou cinco, apesar de aqui no albúm só estar uma. Não devem ter revelado as outras. AAAAAAAH, aquele momento em que estive tão perto do original do meu quadro preferido (na altura era mesmo maluquinho por ele)...

E pronto. Porque é que decidi falar desta minha visita a Paris, de 2001? Porque ando a escrever uma história que tem exactamente o título "Paris", e... achei que podiam estar interessados. Ok, eu admito, apenas me apeteceu falar sobre esta cidade. Quem sabe, fale sobre ela outra vez brevemente. Porque tenho saudades de lá....

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Grande Passo da Humanidade

[Capa da revista TIME do dia 25 de Julho de 1969, quatro dias depois da chegada à Lua - hoje, quarenta anos passados, festejamos exactamente o quê? O «grande passo da Humanidade»?]

A Lua. Até ao início do século XX era uma bola redonda no céu, a iluminar as ruas de forma natural durante a noite; objecto de inspiração para os poetas e cantores; companheira de desabafos para tantos desgraçados que a mais ninguém tinham como amigos; um queijo fatiado de acordo com as várias fases; o sinónimo da transformação de todos os lobisomens.

E então surgiu o Ano (e meio) Internacional da Geofísica, que decorreu entre 1 de Julho de 1957 e 31 de Dezembro de 1958. Durante este período de tempo, a Terra foi analisada pelos mais famosos geólogos do mundo, e quam também se meteu ao barulho foram os cientistas que, em vez de olharem só para baixo, olhavam também para cima: para fora da terra, para o céu... e para a lua!

Onze anos depois desta comemoração, já o homem tinha pisado a lua. Naquela que foi uma viagem de 4 dias entre a Terra e o seu satélite natural, três austronautas muito ousados viajaram para longe... muito longe... até ao tal queijo, à tal confidente dos solitários, ao tal farol da noite... foi lance Armstrong o primeiro homem na história do mundo a pisar a superfície lunar. É nestas alturas que uma pessoa usa a tal frase na qual tem andado a pensar nos últimos meses. No caso dele, foi a famosa: «Um pequeno passo para o Homem, um grande passo para a Humanidade». Temos de admitir que este austronauta tinha o seu quê de poeta.

E hoje, quarenta anos volvidos desde esse dia, suspiramos, e pensamos que a seguir a isso poucos mais homens viajaram para tão longe; agora as sondas não são tripuladas, e poucos são os homens que se aventuram no espaço. Nós, singelos humanos no meio de todas estas aventuras e descobertas inter-galácticas, limitamo-nos a abrir a boca e os olhos e a dizer Ahhhhhhhhhh...... E cá esperamos por mais novidades do nosso Universo. Enfim.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Probabilidades e Marcianos

[Janeiro de 2008 - foto que mostra a lua, numa daquelas vezes em que ela aparece com este tamanho e esta cor]

Já que ando numa onda de repescar fotografias com alguns anos para meter aqui no blog (a anterior era de 2006, e esta é de Janeiro de 2008), encontrei esta aqui nos meus arquivos. Está bem, a fotografia não tem nada de especial, mas mostra uma lua muito característica, provavelmente com o aspecto que eu mais gosto nela. Cor-de-laranja, grande, a assemelhar-se assustadoramente com Marte. Uh...

E depois podemos pensar que é exactamente o planeta vermelho que está ali. Aproximou-se da Terra por uma razão misteriosa, e agora ficará a fazer companhia à lua. Mas, nesse caso, onde se mteu o nosso satélite natural? Hm... podemos imaginar que trocou de lugar com Marte, e foi morar para longe, tornando-se uma planeta independente!

E agora os marcianos estão mais perto de nós, e já não precisam de tanto tempo de viagem para nos visitar. Assim, podemos concluir a partir desta fotografia, que a partir de Janeiro de 2008 passou a ser duplamente mais provável vermos naves de marcianos voarem no céu. A probabilidade passou de 0,0000000000001 para 0,00000000000002, o que é significativo. Apesar disso, ainda não deixou de ser improvável.

Talvez aproximando Marte mais uns quilómetros... não sei, o que acham vocês? Eu penso que apesar de tudo não devemos aproximá-lo demasiado, senão também nos tapa a vista do céu. E depois deixamos de ver as estrelas, e as estrelas deixam de nos ver a nós, e assim passa a ser muito menos provável de vermos naves de outras galáxias passarem ao pé da nossa janela. O que seria muito desagradável para aqueles que passam a vida à espera desse momento.

[Ok... que devaneio foi este?]

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O raio do puzzle

[Fotografia tirada em Maio de 2006 - O puzzle de mil peças do Leonardo da Vinci]

Hoje vou falar-vos acerca deste puzzle que ainda hoje me dá pesadelos, porque... ok, eu vou directo ao assunto. Demorou dois anos e quatro meses até ser completo. É claro que não ia trabalhar nele todos os dias! E também é verdade que chegou a ser desmontado quando ainda faltavam 2/3, e começado a montar novamente alguns meses depois... mas mesmo assim foi frustrante.

Maio de 2006: recebi um puzzle de mil peças que era como que uma rapsódia das obras mais conhecidas de Leonardo da Vinci. Tinha o Homem de Vitrúvio no meio, a Mona Lisa em baixo do lado direito, a Última Ceia a ocupar toda a parte superior... e mais um ou outro quadro dele. Uns dias depois de o ter recebido, abri a caixa pela primeira vez no chão do meu quarto, tendo despejado todas as peças por cima de um pano. O momento foi captado na máquina fotográfica, e aí está.

Julho de 2006: o entusiasmo inicial passou passado dois dias, e o puzzle tinha ficado apenas 1/4 completo. De vez em quando lá ia metendo mais uma ou outra peça, mas nunca avançou quase nada.

Outubro de 2006: o puzzle continuava no mesmo sítio, parado. Achei que era melhor guardá-lo, já que estava a ocupar espaço no chão do quarto, e eu nunca pegava nele. Destruí tudo o que tinha feito, e guardei-o.

Agosto de 2007: Levei o puzzle para a minha casa de verão na Costa da Caparica para o fazer. Estava determinado, tinha de ser daquela vez. Mas não... nem por isso. Nem sequer abri a caixa.

Junho de 2008: 10 meses depois, vi o puzzle na casa de verão. Lembrei-me dele. E apeteceu-me, naquele preciso dia, começá-lo de novo. E assim foi. Nesse dia consegui completar o contorno todo, e dividir as peças por cores (só uma parte). Mas como só em Agosto é que estou lá todos os dias, não o pude avançar.

Agosto de 2008: O puzzle começou a chatear-me a sério. Mesmo!!!!!!! Estava em cima de uma tábua de madeira em cima da mesa da sala, e todos os dias ao jantar tínhamos de o tirar de lá com cuidado, e voltar a pôr depois. E todos os dias ao serão avançava mais uma e outra peça... as pessoas da minha família (não só a família de casa, também tios e primos!) quando iam passar connosco um dia lá, também ajudavam no puzzle...

Setembro de 2008: Finalmente, num dos primeiros dias de Setembro, acabei-o! Deixei-o ficar inteiro por uma ou duas horas, mas depois não resisti. Estava tão furioso com o puzzle que o destruí todo. Dá tanto prazer tirar as peças, assim de uma vez, e colocá-las dentro da caixa desordenadas. Destruíra em dez segundos o que demorar dois anos e quatro meses a fazer...

Hoje? Hoje acho que tenho a sensação de que nunca mais quero ver a caixa daquele puzzle à frente. E se a vir? Não sei, mas é melhor não arriscar.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Alice in Wonderland - Março de 2010

[Uma das primeiras imagens de apresentação do filme «Alice in Wonderland», versão da Disney de 2010, realizado por Tim Burton - encontrei a imagem na zona da IMDB relativa ao mesmo, aqui.]

Um dia, a Alice deixou-se dormir no jardim enquanto ouvia a mãe contar-lhe uma história. De repente, acorda ao ver um coelho passar, levando um relógio na mão, e afirmando estar atrasado. Alice segue-o, entra na sua toca, e num mundo de maravilhas.

Recebi há uns minutos a informação de vai estrear em Março de 2010 mais uma versão adaptada ao cinema de "Alice in Wonderland", só que desta vez vai ser muito especial: o filme será realizado por Tim Burton, e entre os actores principais estará Johnny Depp.

Não podia estar mais ansioso. A única versão que já vi deste filme foi a da Disney, anima a 2D, de 1951. Adorei a história, mas isto já foi há uns anos, e desde então sempre me apeteceu revê-la, mas a cassete entretanto estragou-se. Há um ano surgiu vontade para o ler, mas muitos livros se entrepuseram, e nunca o cheguei sequer a comprar... e então, ao passear pelo grandioso mundo da Internet, encontro esta imagem que faz de cabeça do post, e um pequeno texto por baixo que indicava que ia ser feito o filme, nas condições de que já falei. Fui logo pesquisar ao IMDB... e lá está.

"Alice in Wondeland" - Alice no País das Maravilhas - é uma história non-sense, que agora será realizada exactamente por um realizador conhecido por ser um bocadinho non-sense, que gosta de brincar com o real e a fantasia, e misturá-los. O filme será filmado com imagens reais, depois certas partes serão animadas a computador, e outras ainda terão efeitos 3D no cinema. mal posso esperar. E vocês?

sexta-feira, 3 de julho de 2009

O Túmulo das Musas

[Esta cara é um pormenor de um túmulo (Túmulo das Musas) com cerca de quatrocentos anos, exposto no museu do Convento do Carmo, em Lisboa - foto de Maio de 2009]

Oh não, que assustador, uma cara a olhar para mim! Uma cara talhada em pedra, com os orifícios dos olhos e da boca muito bem assinalados e escavados na rocha primitiva! Socorro! Quem talhou esta cara, e porque é que o fez? Para me assustar? Não creio, porque nem sequer estou assustado. Consegui enganar alguém?... Bem me parecia.

Caso ainda não tenham lido a legenda desta imagem, provavelmente ainda estão em suspanse acerca da origem desta face de pedra. Se calhar até já estão a pegar na vossa máquina e a aproximarem-se da porta de casa para irem a correr fotografar esta cara, que está muito bem escondida no mundo. Na verdade, acho que a imagem não deve estar muito longe do seu tamanho real. A cara é de facto desse tamanho, e representa...

Querem mesmo que vos diga? Ora bem, eu já a vi há uns tempos, é possível que possa estar a fazer confusão com outra coisa qualquer. Mas lembro-me perfeitamente que vi esta cara nas ruínas do Convento do Carmo, em Lisboa, aquele que foi parcialmente destruído pelo terramoto, e ficou sem tecto. Sim. Visitei o interior deste monumento pela primeira vez há dois meses.

Dentro desse Mosteiro existe uma espécie de museu, dedicado a túmulos antigos. Entrei... o ambiente estava escuro, e os túmulos erguaim-se do chão... viam-se flashs aqui e ali...a tensão reinava entre os presentes... de repente.... nada. Não aconteceu nada. Virei à direita, entrei na segunda sala, e vi um túmulo chamado O Túmulo das Musas (se não era isto era muito parecido). Esse túmulo tinha esculpido a toda à sua volta mulheres, com aquelas vestes que parecem de seda, e cada uma pegava num objecto diferente.

A cara que vemos no ínicio do post não era nada mais do que o objecto que uma das mulheres estava a pegar, numa alusão à máscara de teatro. Afinal não tem nada de assustador, pois não?... Pois. De qualquer das formas fiquei encantado com esta cara. Não sei, parece uma bolacha, dá-me fome... estranho, não é? Mas o mais engraçado é que a "mulher" esculpida que segurava essa cara não tinha cabeça, porque tinha sido roubada, ou desgastada com o tempo.

Só por curiosidade final: no interior do Túmulo das Musas repousava uma mosca morta, de patas para o ar, mesmo morta. Achei piada à relação entre o nome do túmulo e o ser que repousava no mesmo.

Ah, e já que eu sou uma pessoa muito piedosa e boazinha, podem ver uma foto do túmulo inteiro, para melhor se contextualizarem, carregando aqui (a foto também é minha). Já viram? Entraram no blog como pessoas normais e saíram mestradas neste túmulo. Incrível.
 

Crónicas do Tempo que Passa © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness