A Mona Lisa

O quadro que têm acima deste texto chama-se La Gioconda, se não me engano (não me está a apetecer fazer pesquisa), mas é popularmente designado em Portugal por... Mona Lisa! Isto não vai ser, de longe, um post didáctico. Diria mais que se vai aproximar do lunático. É que, sabem?, eu sinto-me perturbado quando olho para esta pintura, já desde pequenino. Como hei-de explicar? Por onde começar?

Acho que tudo surgiu quando tinha seis anos. Comecei a dizer que, já dentro da barriga da minha mãe, antes de ter nascido, tinha telefonado à Mona Lisa. Dizia inclusivé estar apaixonado por ela. Escrevia "Mona Lisa" no meu caderno com um coração ao lado (também não me apetece confirmar se isto é mesmo real, ou se sou eu que com o passar dos anos imaginei). Isto é de malucos. Simplesmente, ponto final.

Por outro lado, nunca me importou minimamente os extensos artigos da Internet que se debruçam acerca dos mistérios que o quadro supostamente encerra; ainda não percebi o que é afinal o «misterioso sorriso de Mona Lisa». nem estou tão pouco interessado sobre as diferenças entre os dois lados da paisagem, nem sobre a questão de isto ser ou não ser um auto-retrato do Leonardo da Vinci (espero que sinceramente não seja, não gostava da ideia de ter estado «apaixonado» pelo Leonardo da Vinci...).

Tive dois pesadelos relativos a este quadro. Um quando tinha sete anos, o outro quando tinha nove. No primeiro estava s ubir uma duna do deserto, e no topo ela apareceu. Eu voltei para trás a correr, com medo dela, mas o carro que me estava a dar boleia foi-se embora. E ela foi-se aproximando.... aproximando.... no segundo pesadelo eu estava amarrado numa cama de ferro no laboratório da Mona Lisa, e ela fez-me cócegas. Que horror.

Pronto, agora a boa imagem que cada um de vocês tinha de mim foi por água abaixo. Sou definitivamente louco (posso-me desculpar a dizer «fui» definitivamente louco?). Longa Vida à Mona Lisa.